segunda-feira, 27 de junho de 2011

De.gusta

Friozin, conhaque
cheiro doce, vontade.
Café e chocolate.                                                                                                                                                                                                                                    (Bis)
FINGE FOGE 


Aqui plantou.
Não aguou, pereceu.
Sorrateiro saiu.
E se equeceu!
de me deixar o vaso
e levar o rato,
que é seu.
Traje inverso.

se foge, deve.
Com medo da pergunta,
a carapuça veste.
Só.brow

A culpa? 
Do outro.
E se perdeu no fundo
do seu umbigo de ouro.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estiolado

(Bto, jan. 2011)

Nem tudo é o que parece.
Nem tudo parece quando foi.
De tão gradativo o consumo,
a coisa se esvai por completo.
E você nem percebeu.


Distraiu-se por aí.
Com coisas, lugares, fetiches.
E se esqueceu de olhar o espelho.
Arrumar a cama.
Fazer o chá.


Chamar o socorro
não poderia mais.
Não haveria quem lhe escutasse.
Não ouviria se outro alguém lhe gritasse.


Estava só - concluiu.
com dores impalpáveis
que erva alguma arrancaria.
Só o tempo e sua própria maturação.


Putrefaria? - questionou-se.
(O que separa o broto 
da decomposição?
Como expandir a mente
Sem explodir o crânio?)


Sobre uma pedra
fechou os olhos e silenciou.
Sem saber se estavas prestes a dormir
ou perecer.