sábado, 29 de dezembro de 2012

Sentinela

Ainda que seja tarde;
mesmo que não reste um, dentre milhares;
Ainda que seja tenso, obscuro, vazio;
que não veja farol, leme, sequer o navio.

Lembra:
De tudo o que vai, há a história q fica.
Em ti mesmo, a impressão intrínseca,
atravessa os vales, as montanhas, os mares.
Pulsa os prazeres, refaz os penares;
descansa os fazeres, revigora os olhares.

-Não há caminho que se trace
sem a renúncia a certos lugares.

Tudo é solto. E flutua.
Do barbante que pende,
cada um colhe a fruta
q amanhecerá em semente.



quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

(*


Vi a lua se pôr ontem. 
- pra lá da meia-noite, um pouco...
culto ao brilho
agora, oculto.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

domingo, 16 de dezembro de 2012

P


na sala:
o conhaque
- e 1 brasa.

vôa


Quando pode, verte
qdo não, inverte
- se diverte sem ver.

Por ser, sente
E, mesmo sem ter,
deságua em semente.

Nem entende
e, mesmo q tente,
sabe o quanto
é volátil.
E vão.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Pé de Fruta

.. 
Só queria dizer da saudade.
Mas isso, é só 1 observação..
E muda.
- não tem nó.
Só pluma ~

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Compreender? Só contenha, que o abrigo vem

- Humm, difícil te compreender...



- Mas... o q, realmente, importa nesse contexto?
Acho q mais o abrigo do q o entendimento..
:: a sua parte q me compreende, no sentido de abranger;
que, mesmo sem ter, contém..
Reflete, nos 2 sentidos:
é tanto reflexo, como reflexão.

Curioso: o proprio 'sentido' pode ser 2: é sensação e rumo

d modo que um, muitas vezes, influi no outro..
::"o vento q senti, me fez seguir no sentido do sol, ou da lua.."
Sei la.
Se soubesse em q direção está, teria mandado fumaça..
Ou iria mesmo, ao encontro de..



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


.. e se opõe, num jogo torpe
torce por si, sem nem ver a fonte..
- Não sabe? q brincadeira boa,
é livre, espontânea
e se contempla
na outra pessoa.
É de cumplicidade, escambo
permuta - fácil - o blefe
por 2 asas
e 1 canoa.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

conselhos notívagos #2:

"Pra estar - plenamente  - contigo,
é necessario respeitar  seu ritmo.
E compreender seu silêncio."

aceita o silêncio?

queria dizer 'desculpa'
mas é estranho...
-a 'culpa' dali
não traduz o que jaz.

tem 'lamento' tbm

mas não dá:
melancólico por demais..

então, o silêncio

e seu canto de paz.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

não sabia, mas sentiu


Tentou achar no céu um intento.
Vendo o vento,
questionou-se em silêncio:
"Será que chove hoje?"

A chuva passou perto
e não veio.
Relampejou la
em algum lugar...
Por ali, 
so ouvira o trovão 
que fendeu a lacuna.

iiiiiiiiiiiiiiii   iiiiiiiiiiiiiiiiii
~~~~~~    ~~~~~~

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

tipo isso


Sabe quando vc flutua?
imerso numa surrealidade sutil 
que não tem tempo;
e o espaço não t limita: abriga apenas.

Aí, do nada, 

o telefone grita, a chaleira apita
e t cospe pra realidade material..
- como quado o despertador toca,
no auge do sonho pacífico..

- a poesia se espanta

e escorre pelo ladrão

sábado, 1 de dezembro de 2012

Alice Ruiz:



Que o breve
seja de um longo pensar

Que o longo
seja de um curto sentir

Que tudo seja leve
de tal forma
que o tempo nunca leve.

te vejo e não toco


tão perto,
tão longe..

é intenso
e quimérico

feito a linha
do horizonte.




      ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ffffuuuu




Algumas coisas ainda..      .
q ficaram soltas..      .
Feito balão no ar..      .
Pelo chão, a fita       .
- sem laço, sussurra       .
sem saber ao certo       .
o que fazer,       .
então.       .

TANGENTE

Tanta gente...
_______________O__


Só a gente.

semi-tom

Prefiro a palavra não dita.
 a voz em sussurro
sutilmente escrita.

A água permeia.
Quiçá, une os 2.
- é o Meio.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

~ satyagraha

                           
Dourada do Sol
Prateada da Lua.
Guavira no pé;
quem acha, Procura.


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vem?!

Tenho novas.
E boas.
^^


oO


“Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra...

Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."

Caio Fernando de Abreu

paixão nova: Caio Fernado Abreu:


" Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma.
Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos...Mas eu entro nesse barco, é só me pedir."

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

qualé o pente q t penteia?

Eh muito Topete
pra pouco cabelo.
Acorda, cumpadi!
Se olha no espelho. 
;)

é akela: de luz azulada e cheiro de mata

De tantas feições,
qual delas repousa o sereno?
Reflete o ensejo,
contempla o vazio?
Essa é que me refaz presente,
ausente de objeções.
Só paz.

domingo, 18 de novembro de 2012

conselhos notívagos:


"cuide de sua delicadeza, e seja densa quando preciso, pois isso vc já é. Delicada e densa."
^^

domingo, 11 de novembro de 2012

sábado, 10 de novembro de 2012

se eu fosse 1 bicho - borboleta
se fosse 1 fruto, amora
se eu fosse vc, dava 1 jeito.
- mas não se demora!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

p/ ti (sem métrica)



Do que foi,
ficou uma parte
q tange o sentido,
tinge a vontade.
Mas perdeu-se num som
- plon!
na caixa - box
que escreve tudo
mas só diz a metade.

Também!
já é tarde..
A mídia é fake
parcial, mediana...
não fala com tom
não chega a mensagem.

Que bom!
quem sabe é Deus
talvez a matrix
o cosmo, a cidade..
Que sabe o que faz:
mostra a cor e esconde
a tonalidade..

Não sei..
será?
saberias???
Tu que vais longe
e percorre avenidas,
estações, rodovias..
Caminho longo.....
de se ver despertar
a luz, da rotina.

Sei lá...
Só 1 coisa
eu diria:
o olhar já  encanta.
Não que me vejas
ou que eu, haja visto
esses olhos - membrana
- coisa estranha!
chamada retina.

Não.
O que vi foi impresso.
Mediado, medido.
Mas tinha uma pele
um toque, um sentido.
Era 1 faro, suposto
uma fonte esmaecida.


No mais, já é bom.
O trato, o tema,
o pretexto poema.
O tato, a pupila, o retrato
é inspiração doce e branda 
pra se escrever
poesia.



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

v V v .


O Pássaro:

Passara só
ou em bando, seria?
pin.plong:
chuvinha inebria..

desagua o ensejo
enquanto minh'alma
- por lá
passarinha.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Uno

Não sei se chama Deus ou cosmo. Só sei que, quando chamado, responde; age. 
Melhor: reage.
Gracias aos Dois! Ao mesmo; ao Um. ~*

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

co-oração


Pelo peito
uma nuvem caminha.
Condensa, sublima
Sob a linha do sim.



Na muralha
uma imagem passeia.
Tece a veia -farta
Escorre pelo jardim.




Pela janela
horizonte anuncia
Dias claros, sãos
pro céu que despenca
em sua cor, seu clarão.




Do caminho 
Nebulosa dissipa
o rumor, a ilusão
da dura pedra
ver limar-te em fruto, o grão.

<3









sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Amor acaba



O amor acaba.
Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; 
acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar;
 (...) na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; 
(...)quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; 
no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores;
(...) e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir;
 (...) no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve;na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou,no coração que se dilata e quebra; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados;
e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; 
às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo;
 (...) a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto...

por Eleonora Goretkin
na íntegra: http://www.releituras.com/i_eleonora_pmcampos.asp




Em Fim

amor, se passa,
do fim
se apaga.

Se acaba.
Cobre
uma cova rasa,
tange uma brasa.

- Sob o peito dormente,
vermelho carmim.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Presente

"É importante, você me saber
Acolher, como eu colho em você
Esperanças de querer.."

Porque eu amo você
E espero você.
E mesmo qdo não sei
sua luz me diz o porquê.
Porque seu peito me enche
Preenche,
inspira.
E sua leveza repousa em mim.
Hoje, amanhã
sempre assim..
Não há tempo
nem espaço
que afaste
e desfaça
esse divino
 laço.

depois do ocaso

amarelo, carmim
do azul ao negro
noite-sendo 
em mim.


Gemini

Lá de maio.
Meio alma,
meio irmão.

Sol em Junho
Faz o germe
Sim e não.

Em agosto,
nuvem tarda:
Mês do cão.

Mas setembro,
já amanhece.
Ver-te, então.

Desse gosto
ter o cheiro:
Obstinação.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Havia 1 trilho, 
mas a estrada era looonga,
velha e estreita.
Recoberta de cinza,
fumaça e poeira.
Entre a bruma, por vezes,
me vi desolado, descalço,
sozinho.

Parei 1 pouco
repousei a fadiga,
refleti o espírito.
Vi a luz na neblina::
esqueci os espinhos.
Sem trem nem trio, por hora
as solas, em si, eram o melhor
caminho.







quinta-feira, 30 de agosto de 2012

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Aqui, acolá

Ali,
vive num lugar com nome de mato.
Na mata, se inspira e refaz.
Fazendas e rios lhe permeiam o sono
- sonho de de se reviver o campo, 
céu de se retroceder o tempo.

Canta, diz,
fala num tom próximo à de um elfo.
- Ela bem sabe o ponto onde tange sua foz.
Faz tempo que num espelho d'água
se viu.

~~"

Ele,
pousa num canto com nome de santo.
Sente, em seu próprio peito, um porto.
Pouco sabe das trilhas até o próximo encontro.
Enquanto fita, costura e sonha.
- Encantos de um carretel solto de linha.

Caminha, ri
peregrina em avenidas largas, estradas poeira.
- bem sente o mapa das mãos, pequenino canteiro
Campeiro nas estações, para a vida bem-vinda
partiu.




domingo, 5 de agosto de 2012

OPORTUNO APAGÃO

O que fazer quando a energia elétrica não está em casa?


Procurar uma vela, com o tato. Acendê-la num abrigo, seguro e alto. Refletir sobre as possibilidades que tangem sua luz. Logo antes, ainda no escuro, perceber a intensidade da lua - que está cheia, e livre da iluminação civil para lhe ofuscar o brilho. Sob o silêncio dos aparelhos de som e TV, ouvir os grilos; que até então, nem existiam pelo quintal. Ver um vaga-lume lumiar! - Nem soubera que os tais bixanos perambulavam sua fonte pelo passeio público..

Sob a luz da - então - meia vela, rascunhar um verso. Num riso só, notar como a sombra desenha no papel, a caneta sobre ele empunhada. Sentir-se em paz com o escuro da noite - se fosse sua, a única casa sob a penumbra, teria logo ligado para a empresa provedora de energia; mas toda a vizinhança comungava da mesma situação: estava amparada, então.

................................

*   *   *    *     *      *     '      '          

A Luz voltou! Que pena... Mal tinha findado o poema!

De volta o som dos motores domésticos, a falação dos vizinhos - eles pareciam estar num tom mais brando, quando no escuro sozinhos...

~~~~~~~

Pensara: que de todas as previsões já descritas pelo homem, o melhor apocalipse seria o fim da energia elétrica. Tentou imaginar como se sucederia tal fato, mas isso era coisa grande demais para um fulano comum - mesmo um beato: era coisa pra Deus. Não o diabo.

Sabia apenas que não haveria agito noturno. Certamente o PIB do mundo seria outro - as pessoas só trabalhariam ao Sol:: férias durante o outono. Seria reduzida a velocidade da informação; e o relógio contaria n'outro passo: viveríamos o tempo solto e brando, das pontuais estações do ano.

Não haveria TV, geladeira, quanto menos micro-ondas. Não haveria lâmpada. Só lamparina e prosa - leve e longa. Teríamos apenas o céu, a lua e o som dos tambores. Faríamos fogo, se preciso fosse.

Beberíamos água, direto da fonte. Teríamos o dia pra tudo; a noite, pro aconchego e descanso. Seria mais fácil apaziguar no crepúsculo. Seria mais doce comungar o fruto. Teria olho no olho, não dente por dente. Seria mais leve viver o infinito presente.





segunda-feira, 30 de julho de 2012

Da chance, vereda


Vô te embalá:
Laço de fita,
papel de seda.


Pra te carregá
num sonho bom
até que amanheça.




quarta-feira, 4 de julho de 2012

O


                  ( *
                     ~~~~~~ 
                  
                  .
               __ 
  EVOLUA!   

Se,
tu evoluis,
eu evoluo.
E ele (o mundo)
Tocou a lua !

                         



terça-feira, 3 de julho de 2012

Gracias Hermano!

Receber uma coisa dessas, é sentir que não se vive em vão :)


"vc é tipo um lago pra mim. me passa uma tranquilidade, embora eu saiba da profundidade! lov!"





Só ir
Só ri
Sorri
:)

1 grão ... grãozinho

Até se for pra pensar no próprio umbigo, tem q se atentar pro coletivo. Ninguém está plenamente em paz, num país em guerra, por exemplo.
Cada ser humano tem, aproximadamente, 10 trilhões (!!) de células no organismo. Se uma única - destas diminutas criaturas - entrar em colapso, todo o corpo pode desfalecer. 
E você percebe? Nem conseguimos, sequer, enxergar uma bixinha dessas, com esses grandes e sensíveis olhos - que a terra há de comer. 

o.O

*Pozinho do Pozinho do Pozinho do Pozinho do Pozinho do Pozinho do Pozinho do....




imagem: Vik Muniz


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Compasso

Sem laço
Risco 1 passo    
E.... 
 no acaso,
 meço 
1 traço.


-Ponto e linha
(de partida e chegada).

sábado, 23 de junho de 2012

1 Rumo

Rio Paraguai, fev. 2009













Se quero, espero
1 tempo,
1 meio,
1 fio.

Se vejo, desejo
1 vento,
1 remo
e 1 rio.



quarta-feira, 20 de junho de 2012

terça-feira, 19 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

104 anos atrás..




Hoje, 18 de Junho de 2012, comemora-se de 104 anos da imigração japonesa no Brasil.

Louvores a todos que transpuseram o oceano, em 52 dias a bordo de um navio! 

Adaptaram-se ao clima e à sociedade nada hospitaleira. 

Ultrapassaram o regime de semi-escravidão ao qual eram, inocentemente,  impostos.  

Livraram-se do preconceito e da perseguição do governo Vargas - em 1940 a circulação de todas as publicações em japonês é proibida, o governo invade suas casas e confisca seus bens, fotos e cartas.

Desbravaram o inóspito sul do Mato Grosso, a fim de construir a estrada de ferro - germe do povoamento deste lugar. 

Fundaram comunidades agrícolas, escolas, cidades. 

Preservaram e construíram uma das mais sólidas culturas existentes no Brasil - país de maior população nipônica fora do Japão (1,5 milhóes de descendentes na atualidade).

Graças eternas, em mantra, em espiral, à Batian Riyono e Ditian Jutaro Irie! E a todos que comungaram da mesma ânsia de se fazer florescer neste solo.

Banzai! a todos os seus frutos!
Das raízes ancestrais às sementes que estão por vir.


para saber mais:
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/imigracao_japonesa.htm

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Hai Kai da IN. segurança

Pregos no muro
Trancados, estamos sós
Lá fora, o mundo





RECEITA



LAMBUZA-TE DE MEL
ÁGUA E FRUTA
DESFRUTA A FONTE FARTA      
                 DESTE SOM  z z z z z z z z z z  z z z  z z z                                                   no sono da noite                                                                                                                      o mar que é teu
                                                                                                                     te canta um canto
                                                                                                                        de lá e lã



SEJA FÃ DO CHÁ
DO ALHO E DA CEBOLA                                                                                        para que durmas anjo


           O FLAN DA FLANELA TE VASCULHA O SONHO


                        LARANJACANJACANELA


espirras em grego
e azul                       υ γ ι ε  ι α


                         MUSA TAMBÉM PEGA GRIPE!




(Emmanuel Marinho - Margem de Papel, 1994, Dourados)






                                  

Solstício

Ainda no inverno,
Verão.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Sem, sequer, encostar:

"Feito vinho de caju
amarrei-lhe  boca"


#SoberanoTempo

pedido

aimm Astro-Rei
Tanto que cê 
me inspira!
Sai 1 pokinho
Só pra rebatê
Esse cinza..



- Vento que vem e nem avisa, 
derrubando a flor
no meu para-brisa. 
- Que sopre pra longe o medo..
no mais, fico só com as flores.
Mesmo! ~*


Poesia de pára-brisa, por Tt Irie e Chris Haicai - fotografia de Adrian Okumoto  
Comeco de tarde ameno, chuva fresca na companhia suave dos irmaos Okumoto. 
Março 2011









segunda-feira, 28 de maio de 2012

Renascer Lá, em Si



Na mutação cíclica, o perene abre-e-fecha das encruzilhadas..
Entre despedidas e encontros, agradeço por cada um que fica na caminhada. 
Permanece no tesouro guardado; transpassa as tempestades e os tempos.
Dos novos ares, me inspiro e refaço.
Ventos bons os trouxeram!

Dos antigos olhos, sempre bom me ver pelas suas retinas..
Nas rugas que estão por vir, suas impressões em presente. 
Laço de cetim e veludo. Agradeço por cada um que me fazerem ser. 
E estar plenamente, nessa estrada de mato , terra e musgo.





sexta-feira, 25 de maio de 2012


                             Dêxa o cinza caí...

                             A maré virá.





quarta-feira, 23 de maio de 2012

O QUE SE SENTE JÁ FOI CANTADO



Fez-se mar,
Sinhá [sem ar]do meu penar
Demora não, demora não
Vai ver, o acaso entregou
Alguém pra lhe dizer
O que qualquer dirá
Parece que o amor chegou aí
 Eu não estava lá, mas eu vi
Clareira no tempo
Cadeia das horas
Eu meço no vento
O passo de agora
E o próximo instante, eu sei, é quase lá
Peço não saber até você voltar
(Marcelo Camelo)

Enquanto a chuva lamenta..

Será???

Que há vida,
de um passado etéreo,
vinda?

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ali se esvai, Taquari



À noite, ou pela manhã
mirar um rio assim:
Vigoroso e tenro.
Na terra de suas veias,
imaginar seu destino perene:
Perecer sem a foz de seu rumo.
- Lamento de areia.


Rio Taquari, maio 2012

Inspira

A vida imita a arte (?!)
e o verso.
Reverso de 1 ser
em mim.

Sem hora
Sem meio
Nem fim..

~~~
'''''  °
 °
    *    

segunda-feira, 9 de abril de 2012

infelizmente

..nos perdemos pelo caminho; não sei bem onde..
na distância? na conveniência?
nos desvios que mais pareciam atalhos..

Silêncio, inércia...
o comodismo do próprio mundo,
onde o outro era apenas visitante, mero expectador.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Rumo ao Sumo (Leminski)

Disfarça, tem gente olhando…
Uns, olham pro alto,
cometas, luas, galáxias.
Outros, olham de bando,
lunetas, luares, sintaxes.
De frente ou de lado,
sempre tem gente olhando,
olhando ou sendo olhado.
Outros olham para baixo,
procurando algum vestígio
do tempo que a gente acha,
em busca do espaço perdido
Raros olham para dentro,
já que dentro não tem nada.
Apenas um peso imenso,
a alma, esse conto de fada.

pelos caminhos que ando
 um dia vai ser
   só não sei quando

















quarta-feira, 28 de março de 2012